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09/01/2025 às 20h04min - Atualizada em 09/01/2025 às 20h04min

O apodrecimento cerebral pelo uso excessivo de mídias sociais

O que é e como evitar o 'brain rot'

Suzana Herculano - Houzel

A "palavra do ano" eleita em 2024 pelo dicionário Oxford é uma expressão de duas palavras: "brain rot", ou apodrecimento cerebral. A expressão descreve o dano mental atribuído ao excesso de uso de mídias digitais para consumir conteúdo trivial e irrelevante. A espécie mais promissora do planeta, aquela que carrega em seu cérebro o maior número de neurônios corticais capazes de encontrar padrões, formar associações e aprender com o ado para mudar o futuro, quem diria, resolveu usar sua capacidade cerebral para gastar tempo rolando telas.

Que fique claro: o "dano mental" é presumido. A perda de tempo e oportunidades, no entanto, é certa e documentada. Segundo o Relatório Digital 2024, brasileiros am em média nada menos do que três horas e 37 minutos –assim mesmo, com todas as letras– pendurados em redes sociais, sobretudo Instagram. Apenas os cidadãos do Quênia e da África do Sul ganham dos brasileiros, e por meros minutos. Nos EUA, a média é de duas horas e 18 minutos; na Europa, fica abaixo de duas horas, e no Japão, não chega a uma hora diária.
 

Certo, também, é o emburrecimento do usuário comparado com o que ele poderia alcançar se tivesse usado aquelas quase quatro horas para pensar sobre algo mais útil do que os mesmos memes repetidos e reciclados ad nauseum ou mais gatinhos fazendo bobagens adoráveis no septuagésimo nono vídeo do dia.

Quase quatro horas. Como pode?

O que define as mídias sociais não é o serviço que lhes dá nome, de aproximar gente que não teria oportunidade de se encontrar em pessoa. Isso é apenas a desculpa oferecida pelas plataformas aos usuários, e pelos usuários a si mesmos, para justificar sua presença continuada. O que define as ditas redes sociais é o o rápido de conteúdos rasos num poço sem fundo de diversão e às vezes até informação, mas quase zero conhecimento.

A parte mais importante, contudo, é a necessidade de envolvimento do usuário para rolar a tela e pular de uma imagem ou vídeo ao próximo –porque texto, Deus nos livre, dá trabalho demais para o cérebro.

Esse envolvimento mínimo, mas absolutamente necessário, é a sacada bilionária das plataformas "sociais". Exigir que o usuário estenda um dedo para rolar a tela capitaliza em cima da função mais básica, mais primordial, do cérebro: a sequência de agir, monitorar o resultado da ação, e então agir de novo dependendo do resultado da primeira ação. De todas as alternativas possíveis, a ação escolhida a cada instante é aquela que mais vale a pena, literalmente: a que traz maior gratificação com menos esforço.

Ler o jornal ou um livro ou sair para encontrar amigos e colegas dá trabalho, mas rolar a tela só custa estender o dedo –e a recompensa, movida à dopamina (pronto, usei a palavra mágica) que sinaliza o retorno positivo, é imediata. As redes sociais são apenas a versão vitaminada do caça-níqueis dos cassinos, e como nos cassinos, a casa sempre ganha.

As plataformas se defendem pondo a culpa do excesso de uso no usuário, e claro que elas têm razão –e zero preocupação: escolher não usar aquilo que dá prazer fácil exige esforço.

Libertar-se do abuso das redes sociais é como fazer dieta: é muito mais difícil comer só um pedacinho de bolo do que nenhum bolo. Desde quando o Rei Trump foi eleito, meu consumo diário de redes sociais é estritamente zero. Meus dias são tão mais longos e ricos. Eu recomendo.

Suzana Herculano-Houzel é Bióloga e neurocientista da Universidade Vanderbilt (EUA)

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