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As urnas de 2026 ainda parecem distantes no calendário, mas no Tocantins o espetáculo político já ocupa o palco central. Nos bastidores, alianças são firmadas no silêncio, emendas são distribuídas com ares de benfeitoria e redes sociais viram vitrines de supostos feitos. A política, antes embasada no suor da rua e no aperto de mão, agora desfila entre cortes de vídeo, trilhas motivacionais e legendas estrategicamente montadas. É a era do político-performer, do gestor-influencer.
A pressa com que se organiza o tabuleiro revela mais do que ansiedade por poder: escancara a lógica da manutenção a qualquer custo. Em meio à precariedade de serviços básicos, à carência crônica de infraestrutura e à dor do cidadão comum, há quem já dispute terreno eleitoral como se fosse solo fértil para promessas recicladas. Obras surgem em ritmo acelerado, verbas caem do céu como dádivas — mas com endereço certo e tempo contado.
A figura do político mudou. De terno ou de camiseta, ele hoje domina o feed, viraliza discursos e faz de cada requerimento um episódio de série. As redes sociais não são mais ferramenta: são território de disputa narrativa. E quem domina a linguagem da internet, quem paga melhor sua equipe de marketing, larga na frente. O problema é que, muitas vezes, enquanto a imagem se constrói, a realidade permanece inalterada.
Neste jogo, não se pode ignorar as peças centrais. O senador Eduardo Gomes e o deputado Alexandre Guimarães orbitam em torno do Palácio Araguaia. Dorinha, antes cotada como nome forte, parece ser posta à margem das grandes decisões. Já Vicentinho Júnior, rompido com o governo, almeja o Senado, com o apoio declarado do prefeito da capital. Irajá, por sua vez, trava embates diretos com o governador, numa guerra de poder que ultraa os limites da institucionalidade. Não há consenso, não há frente unida — há interesses em colisão e planos em curso.
E o povo? Esse observa, às vezes com desconfiança, outras com indiferença, a dança coreografada que toma conta do Estado. Vê as promessas saltarem das telas e se pergunta: onde estão os resultados concretos? A enxurrada de emendas “PIX”, sem transparência nem critérios técnicos, tem aroma de campanha disfarçada. E a imprensa — essa sim — tem o dever de rasgar os panos do palco e mostrar o que está por trás da encenação.
2026 decidirá os rumos do Tocantins. Mas a eleição verdadeira não se faz apenas nas urnas. Começa agora, na vigilância crítica, no jornalismo que investiga, no cidadão que questiona. Cabe à sociedade não se deixar iludir por espetáculo. Porque, no fundo, entre a performance e a política, ainda há uma diferença que precisa ser lembrada: a política deveria servir à verdade, e não ao roteiro.